Mudanças

Em discurso na COP 27, Lula cita Amazônia e combate à fome

Presidente eleito também pretende trazer evento ao Brasil

Lula falou sobre o mundo estar com saudade do Brasil
Lula falou sobre o mundo estar com saudade do Brasil |  Foto: Ricardo Stuckert
 

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), discursou durante esta quarta-feira (16) na COP 27, a conferência feita pela Organização das Nações Unidas (ONU), que vem discutindo as mudanças climáticas.

Havia uma grande expectativa referente ao discurso do futuro presidente do Brasil. Ele ainda demonstrou interesse em fazer a COP 30 na Amazônia.

Lula começou agradecendo o convite para a COP 27, por estar no Egito, que é o berço da civilização e desempenhou um papel extraordinário na história humana. Além disso, ele reiterou que se sente honrado em ser um presidente recém eleito e ter recebido um convite como esses, antes mesmo de sua posse e falou que o convite não foi feito para ele em si e sim para o Brasil, mostrando que o mundo tem pressa de ver o Brasil de volta nas discussões sobre o futuro do planeta.

Após isso, Lula comentou que “O planeta que a todo momento nos alerta de que precisamos uns dos outros para sobreviver. Que sozinhos estamos vulneráveis à tragédia climática. No entanto, ignoramos esses alertas. Gastamos trilhões de dólares em guerras que só trazem destruição e mortes, enquanto 900 milhões de pessoas em todo o mundo não têm o que comer. Vivemos um momento de crises múltiplas – crescentes tensões geopolíticas, a volta do risco da guerra nuclear, crise de abastecimento de alimentos e energia, erosão da biodiversidade, aumento intolerável das desigualdades. São tempos difíceis. Mas foi nos tempos difíceis e de crise que a humanidade sempre encontrou forças para enfrentar e superar desafios. Precisamos de mais confiança e determinação. Precisamos de mais liderança para reverter a escalada do aquecimento. Os acordos já finalizados têm que sair do papel.”

Lula comentou que está lá representando o país, para dizer que o Brasil está pronto para se juntar novamente aos esforços feitos para ter um planeta mais saudável. 

O presidente eleito ainda falou que “O Brasil acaba de passar por uma das eleições mais decisivas da sua história. Uma eleição observada com atenção inédita pelos demais países.” Ele ainda apontou que desde 2019 o Brasil enfrenta um governo desastroso em diversos sentidos, que não é por acaso que algumas frases são ouvidas pelos líderes de diferentes países. “O mundo sente saudade do Brasil.”, após isso ele disse que o Brasil está de volta, de volta para reatar laços com o mundo e também ajudar a acabar com a fome no mundo.

Lula discursou por 30 minutos e propôs que a 30º edição da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que acontece em 2025, seja feita na Amazônia. 

“Acho muito importante que as pessoas que defendem a Amazônia, que defendem o clima, conheçam de perto o que é aquela região, para que as pessoas possam discutir a Amazônia a partir de uma realidade concreta e não apenas a partir de uma cultura através de leitura”, disse.

Lula não anunciou nenhum nome da sua futura equipe de governo, no entanto, o vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou mais alguns nomes que farão parte do grupo de transição do governo Bolsonaro (PL) para o governo Lula (PT).

O vice-presidente anunciou os nomes do grupo de transição
O vice-presidente anunciou os nomes do grupo de transição |  Foto: Reprodução/PT
 

O anúncio dos novos nomes foi feito na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. Entre os anunciados, estão governadores, ex-governadores, deputados, senadores, ex-parlamentares, ex-ministro especialistas em diversas áreas e lideranças indígenas.

O anunciados de hoje foram: Marina Silva, Izabella Teixeria, Flavio Dino, Camilo Santana, Helder Barbalho, Paulo Câmara, Randolfe Rodrigues, Omar Aziz, Neri Geller, Kátia Abreu, Helena Chagas, Miguel Rossetto, Manuela D'Avila, Hélio Doyle, Andre Janones, Tereza Cruvinel, Florestan Fernandes Junio, Sônia Guajajara, Aloysio Nunes Ferreira, Celso Amorim e Marcelo Freixo.

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